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Saúde Digital como aliada da Saúde da Mulher: desfechos clínicos e sustentabilidade econômica

A tecnologia digital pode aperfeiçoar e escalar melhorias no cuidado com a saúde. Vemos isso acontecer com o desenvolvimento acelerado de soluções para saúde digital, onde atendimento e relacionamento se integram e se complementam. Embora estas soluções tragam avanços importantes para todos, elas têm mostrado especial relevância em proporcionar experiências transformadoras na saúde da mulher.
A realidade mostra que a saúde digital como aliada da saúde da mulher tem um grande potencial a ser explorado. Isso pode ser visto no crescimento das femtechs, startups focadas em atender as necessidades de saúde específicas das mulheres. Segundo o site Statista, em 2021 o mercado global de femtechs estava avaliado em cerca de US$ 51 bilhões, com projeção de chegar a US$ 103 bilhões até 2030.
Aqui na Nilo Saúde, estamos antenados a esta tendência. Por isso, a CEO e Cofundadora da Nilo Saúde, Isadora Kimura, conversou com duas mulheres que estão liderando empresas femtech em um dos nossos webinários. Trazemos aqui alguns insights valiosos que surgiram desta conversa. Acompanhe!
Tecnologia para engajar e atender todas as gerações
As mulheres são cerca de 50% da população mundial, mas representam quase 80% do mercado de saúde, afirma Stephanie von Staa, CEO e Co-Fundadora da Oya Care, clínica digital de saúde feminina especializada em ginecologia, fertilidade e contracepção.
Ela aponta ainda que, no Brasil, a população feminina se aproxima dos 110 milhões, sendo que 60% têm menos de 40 anos. Isso significa que grande parte dessas mulheres pertence às gerações Y e Z, acostumadas a buscar respostas para dúvidas de saúde no meio digital, seja no Google, no Whatsapp ou nas redes sociais.
“Se esse público está buscando soluções de saúde no celular, precisamos levar essas soluções para o celular dela”, expõe Stephanie. Ela explica que, para conseguir isso, foram mapeados os principais temas do público feminino em relação à saúde, dentre os quais se destacaram: fertilidade, ginecologia geral e contracepção. O atendimento se dá com base nessas demandas, por meio de social following (realizando entregas de valor via redes sociais, além do disparo de newsletters) e com atendimentos via telemedicina.
Engajamento também no público 50+
Se é fácil imaginar um público jovem bem engajado em um atendimento digital, por outro lado pode parecer que com pessoas mais maduras as coisas sejam menos fáceis. Entretanto, Isadora Kimura, CEO e Cofundadora da Nilo Saúde, desfaz essa ideia ao falar de sua experiência.
“Quando começamos a atuar com um público 50+ na Nilo Saúde, a gente ouviu muito o questionamento sobre se seria possível ter engajamento e fazer o atendimento digital desse perfil de paciente. O que aconteceu, porém, é que vimos um ultra engajamento dos canais digitais com essa população. Ficou claro que havia uma grande oportunidade para a alavancagem dos atendimentos digitais também com esse público”, relata Isadora.
Oportunidades e desafios de uma transformação em andamento
A saúde digital como suporte para melhor atender às necessidades da saúde da mulher traz oportunidades para melhores resultados. Isso porque permite que o atendimento seja feito através de uma jornada de relacionamento. Mas esta é uma transformação que só agora começa a explorar todo seu potencial.
“Quando a Nilo Saúde começou, muitas empresas não entendiam o que estávamos oferecendo, que era um pacote de soluções para criar e escalar esta jornada de cuidado e relacionamento”, conta Kimura. “Era algo que ainda não existia, mas que hoje é muito mais fácil de entender.”
Desafio da qualidade em todas as pontas
Na visão de Paula Crespi, COO e Cofundadora da Theia, clínica com foco no planejamento e acompanhamento de gestação, parto e pós-parto, o grande desafio não está na aderência ao digital, já que isso é até mesmo uma demanda do público.
“Jornadas que iniciam e terminam inteiramente no virtual tendem a ter desfechos clínicos muito positivos, com elevada satisfação da paciente. O desafio maior hoje é manter a qualidade de experiência quando o atendimento precisa ir para o físico. Se o profissional da saúde não estiver alinhado, isso pode gerar descompasso e insatisfação”, pontua Crespi. Ela vê como solução para esse desafio o treinamento adequado dos profissionais e programas de incentivo bem planejados.
Saúde Digital e Saúde da Mulher: melhores desfechos clínicos e redução de custos como resultado
A saúde digital aplicada para o atendimento da mulher tem mostrado resultados efetivos na redução de custo e nas taxas de desfechos clínicos positivos. Sem falar nas elevadas taxas de NPS (Net Promoter Score) registradas junto às clientes.
Na Theia, relata Paula, o desfecho clínico está ligado à qualidade do pré-natal e à qualidade de assistência no parto. São acompanhados diversos indicadores, muitos deles relacionados a custos, como taxa de cesárias, UTI neonatal, UTI materna e taxa de prematuridade. O resultado são desfechos clínicos melhores do que as taxas das carteiras dos planos e das médias nacionais.
Já Staa revela que, na Oya Care, os atendimentos de ginecologia geral e contracepção apresentam taxa de resolutividade de 88%, com um tempo de resposta para atendimento entre oito e nove horas.
Por sua vez, Isadora resume que a prevenção é o caminho para redução de sinistralidade. Com uma melhor experiência para o paciente, é possível ter mais engajamento. Isso além de melhores atendimentos e desfechos clínicos mais satisfatórios com custos otimizados. Esse é um dos benefícios de uma jornada de relacionamento digital de qualidade.
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Como explorar as soluções digitais para gestão e engajamento de pacientes crônicos?

A gestão e o engajamento de pacientes crônicos sempre foi um grande desafio para todos que fazem parte do ecossistema da saúde. Os obstáculos incluem uma ampla diversidade de quadros, diferentes níveis de gravidade e diferentes necessidades de atenção, além da adesão dos pacientes ao tratamento que, muitas vezes, é multidisciplinar.
Esta é uma realidade que soluções de saúde digital têm se mostrado eficazes em mudar, especialmente por sua capacidade de gerar maior engajamento, acompanhamento personalizado e rapidez de resposta.Para chegar a resultados efetivos, é preciso entender que saúde digital vai muito além da telemedicina. Esta é a percepção geral de profissionais da área convidados pela Nilo Saúde para um webinar sobre o tema. Confira a seguir a visão compartilhada por quem vive esta realidade no dia a dia.
Mudança acelerada com resultados efetivos
Embora todos soubessem que esse era o futuro, a adesão à saúde digital caminhava lentamente até o surgimento da pandemia. Em pouco mais de dois anos, o salto de qualidade, adesão e tecnologias para atendimento digital em diversos níveis deu um salto.
Confira também:
Os impactos da saúde digital no controle da hipertensão
Além da telemedicina e da telessaúde: o caminho da saúde digital no BrasilHoje, este processo tem se revelado muito positivo para a gestão de pacientes crônicos, trazendo mudanças significativas na eficiência desse trabalho. Ana Carolina Raymundo, Head de Cuidado da Nilo Saúde, relata os resultados do acompanhamento de pacientes hipertensos monitorados desde 2021 por meio de canais digitais.
“Observamos uma redução de 40% no sedentarismo, aumento de 18% na autopercepção de saúde e níveis de pressão arterial dentro do adequado em 80% do grupo monitorado dentro do nosso sistema”, informa Ana.
Novos desafios que merecem atenção
A eficácia da saúde digital tem se consolidado nos resultados apresentados, mas ainda apresenta desafios que merecem atenção. É o que aponta Patrícia Mello, superintendente de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica.
Ela destaca que não basta trazer a tecnologia para a gestão, é preciso também cuidar do aculturamento para que todos estejam familiarizados com esse atendimento. Além disso, é preciso que haja integração plena entre os diversos canais para que se possa ter uma visão única do paciente e ser capaz de atender melhor suas necessidades.
Na mesma linha, Renato Bastos, diretor de Gestão em Saúde Populacional da Dasa, reforça a necessidade de soluções multicanais: “Encontrar a combinação certa de canais certos ainda é um desafio. Nunca mais teremos um único canal de atendimento tão forte como o telefone foi no passado”.
Categorização mais dinâmica de pacientes
Bastos traz também um exemplo prático de como a saúde digital melhora o acompanhamento de pacientes crônicos. Ele relata que, no passado, a categorização para acompanhamento desses pacientes muitas vezes estava baseada em dados defasados, de mais de seis meses.
Atualmente, essa categorização é mais dinâmica, porque pode ser baseada no resultado atualizado de exames. “Eu consigo ver uma linha do tempo e saber se o paciente está com diabetes compensado ou descompensado, se a hemoglobina glicada dele está ou não melhorando”, explica Bastos, reforçando a importância de um atendimento individualizado. “Na verdade, nada mais hoje em dia dá para ser massivo. Tem que ser personalizado, porque só assim gera engajamento.”
Dados e informação é a base da saúde digital e do engajamento de pacientes crônicos
Na visão de Waldir Leopércio, diretor de Saúde da Saúde Petrobrás, o sucesso de um programa de acompanhamento depende de conhecer bem a população para quem ele está sendo oferecido. Para ele, não adianta oferecer o melhor cuidado se isso for direcionado para a pessoa errada, que não precisa daquele tipo de atenção.
Na prática, ter esse nível de refinamento depende de acesso e integração de dados cada vez mais segmentados. É onde temas como inteligência artificial e modelos preditivos de alta precisão entram na conversa como algo que, no futuro próximo, trará novas disrupções para a saúde digital como um todo e capacidade ainda maior de acompanhar, engajar e orientar pacientes crônicos.
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Os impactos da saúde digital no controle da hipertensão

Texto originalmente publicado no Portal Saúde Debate
Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, a hipertensão arterial é a doença de maior prevalência na população. Além disso, é também é a principal causa de morte no país. A doença crônica não transmissível (DCTN) mata 300 mil brasileiros anualmente. São 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos. No Brasil, estima-se que 36 milhões de pessoas sejam hipertensas, o que representa cerca de 30% da população adulta. Contudo, a boa notícia é que a adoção de tecnologias digitais tem se tornado cada vez mais comum e pode ser mais eficiente para pacientes com essa condição, melhorando as taxas de controle. Quer conhecer os impactos da saúde digital no controle da hipertensão? Então, confira os dados levantados pela Nilo Saúde!
Impactos da saúde digital no controle da hipertensão: a experiência da Nilo Saúde
Aqui na Nilo Saúde, healthtech especializada em software para gestão de relacionamento e cuidado ao paciente, temos acompanhado a jornada digital de 3 mil pacientes com pressão alta desde 2021. Eles têm uma média de 40 anos de idade. De lá para cá, observamos que 80% deles agora apresentam o nível de pressão arterial dentro do adequado, além de constatar que 40% deles passaram a realizar atividades físicas.
Segundo Ana Carolina Raymundo, Head de Cuidado da Nilo Saúde, o atendimento via saúde digital contribui com o cuidado baseado na abordagem multidisciplinar, pois tem uma jornada de cuidado coordenada, melhorando a taxa de controle da doença. “Com essa ferramenta digital, é possível fazer o monitoramento dos pacientes, garantindo a adesão ao medicamento e às mudanças de estilo de vida. Ter o contato do enfermeiro e médico de família pelo celular ajuda a orientar melhor e a incentivar a adoção de melhores práticas. Outro ponto positivo é a renovação da prescrição médica e acompanhamento para saber se a medicação está sendo utilizada”, afirma.
Todos esses impactos da saúde digital no controle da hipertensão foram observadas dentro da nossa plataforma NiloCare.
Confira também:
Conheça os principais benefícios da Atenção Primária à Saúde Digital
Ouça a entrevista da Ana Carolina Raymundo na Rádio O Povo – CBN sobre saúde digital e pacientes crônicosComo chegamos a esses resultados?
Ana Carolina também explica o acompanhamento de pacientes pelo sistema desenvolvido pela Nilo, que gerou os números acima citados.
Uma vez identificada a doença, os pacientes são incluídos em uma linha de cuidado, que conta com consultas com médicos de família e comunidade e enfermeiros de atenção primária. Eles atuam na frequência adequada para o acompanhamento. “Quanto maior o risco, mais consultas por ano a pessoa fará. Entre os atendimentos, estão incluídos envio de materiais para orientação e cuidado pelo Whatsapp, para que haja modificação do estilo de vida. Este é um dos fatores mais importantes para o controle e também adesão medicamentosa”, afirma ela.
“É importante ressaltar que seguimos em um método clínico centrado na pessoa, então cuidamos delas integralmente. Não focamos somente na doença, na hipertensão em si”, completa.
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Além da telemedicina e da telessaúde: o caminho da saúde digital no Brasil

Com a publicação da Lei 14.510/22, em 28 de dezembro do ano passado, a telessaúde foi regulamentada no Brasil, tendo sua prática autorizada tanto no sistema público quanto no sistema privado.
A medida tramitava no Ministério da Saúde muito antes da pandemia de Covid-19: desde 2007, sendo pensada como alternativa que aumentaria o acesso da população ao atendimento de saúde básica no SUS. Foi só depois da pandemia, no entanto, que a lei cobriu também a iniciativa privada e finalmente trouxe mais segurança jurídica para a oferta de serviços a distância com a saúde digital no Brasil.
Cada um no seu quadrado
A telessaúde abrange não apenas os médicos inscritos no Conselho Regional de Medicina, como também todos os profissionais de saúde regulamentados pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal, como nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, dentistas, entre outros. Agora, eles podem prestar serviços de saúde a distância de forma legalizada.
“A telemedicina é exclusivamente médica, enquanto a telessaúde inclui todos os profissionais da saúde, sendo que cada conselho, como o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), deve fazer sua lição de casa para manter a qualidade dos serviços prestados”, explica o Professor Dr. Chao Lung Wen, Chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP.Saúde digital no Brasil: um caminho sem volta
“Trabalho com telemedicina há 25 anos e posso afirmar que ela é irreversível. Não porque seja melhor do que a medicina tradicional, mas sim porque a sociedade mudou e está mudando de forma tão ágil que a medicina tem que acompanhar essa evolução tecnológica que caminha pela hiperconectividade”, afirma o Prof. Dr. Chao.

Ele sugere que a expressão “telemedicina” dê lugar a “medicina conectada”. Na verdade não é uma medicina a distância. É, sim, uma medicina sem distância, da mesma forma como os bancos foram conectados com internet banking e os dados bancários com o open banking.
Tratamento humanizado é o que coloca o paciente no centro
É errado achar que a teleconsulta vai substituir o atendimento presencial. Na verdade, ela funciona como um complemento. Na maioria dos casos, a teleconsulta vai servir para acompanhamento crônico e monitoramento, auxiliando na logística do acompanhamento do paciente.
“O médico tem autonomia completa na decisão de escolher adotar ou não a telemedicina, cabendo a ele indicar a consulta presencial sempre que considerar necessário. É o médico que vai escolher o que é melhor para o seu paciente, criando uma relação muito importante de confiança. Ao colocar o paciente no centro de tudo e focar em oferecer uma boa experiência, mantemos o atendimento humanizado”, afirma Lasse Koivisto, CEO da Prontmed. Trata-se de uma das principais healthtechs do Brasil com foco na inteligência de dados para o mercado de saúde.
Além disso, é obrigatório que o profissional de telessaúde passe por uma capacitação sobre temas como bioética, responsabilidade digital, segurança digital e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Vantagens da telessaúde
Um estudo feito pela American Medical Association (AMA) mostra que 75% das visitas a serviços médicos regulares ou de emergência são desnecessárias. Por meio de plataformas digitais, essas consultas poderiam ser feitas a distância de forma mais segura, eficaz, barata e acessível, poupando recursos.
A saúde digital reduz desperdícios, aumenta a eficiência e o acesso ao tratamento. Ela pode causar uma diminuição na reinternação desnecessária em hospitais e nos números de dias de internação desnecessários, por exemplo.
“A telessaúde é um método que, se usado corretamente, poupa tempo, o que em saúde é extremamente valioso — afinal, o ganho de tempo para processos clínicos tem valor muito além da economia financeira”, diz o Dr. Caio Seixas Soares, Presidente da Saúde Digital Brasil, Cofundador e Diretor Médico da Teladoc Health.
“Imagine um paciente que entra no sistema de saúde porque tem uma lesão de pele, por exemplo. Se ele demorar 6 meses para ser atendido, consultado e diagnosticado, e acabar sendo um melanoma, o desfecho clínico é muito diferente do que se resolvesse tudo isso em poucas horas, o que é possível com o auxílio da teledermatologia”, ilustra o Dr. Caio.
O futuro da saúde
“A telemedicina é algo do passado; e não do futuro. Agora, estamos discutindo como vamos preparar o ambiente para 2030”, afirma o Dr. Caio, citando como exemplo a pandemia de doenças mentais que acompanhou a pandemia de Covid-19, deixando um rastro de transtornos pós-traumáticos com bilhões de pacientes afetados.
Segundo ele, a melhor abordagem para se tratar essa questão é a combinação entre telepsicologia e a telepsiquiatria, oferecendo um acompanhamento multiprofissional que esteja disponível em vários formatos.
Além de democratizar o acesso ao tratamento (via teleconsultas), a saúde digital permite um acompanhamento mais próximo e um cuidado mais coordenado. Empresas e equipes de saúde podem acompanhar um paciente a distância com diferentes interações. Elas podem coletar dados que permitem um olhar mais acurado sobre a população. Como consequência, estando mais presentes em muito mais momentos, conseguem levar um cuidado mais humanizado a quem precisa.
Contudo, o setor precisa embarcar de fato na transformação digital da saúde. É preciso entender que o conceito de saúde digital vai muito além do atendimento e inclui todas as possibilidades de acompanhamento e engajamento do paciente. Isso sem contar a gestão e integração de dados clínicos e prontuários, portabilidade de dados entre diferentes empresas de saúde e integração do cuidado.
“Temos grandes caminhos, um grande futuro para a saúde digital no Brasil, mas ela precisa de gente pensando em inovação e melhorias. Tem muita coisa para fazer e, se estivermos unidos e trabalhando juntos, vamos conseguir. Com resolução, parcerias e compartilhamento de ideias — fazer a saúde evoluir no país”, conclui Lasse.
Quer saber mais sobre os caminhos da saúde digital no Brasil? Assista ao nosso webinar gratuito!
Não perca a oportunidade de saber mais sobre o caminho da saúde digital no Brasil! Inscreva-se gratuitamente e assista à gravação do webinar “Regulamentação da Telemedicina: Tendências e Perspectivas para Gestores de Saúde”. O evento teve mediação do Diretor Médico da Nilo Saúde, Claudio Tafla, e participação dos especialistas Prof. Dr. Chao Lung Wen, Chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP e Membro da Câmara Técnica de Informática em Saúde do CFM, Lasse Koivisto, CEO e Sócio da Prontmed; e Dr. Caio Seixas Soares, Presidente da SDB (Saúde Digital Brasil) e cofundador e Diretor Médico da Teladoc Health.
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Saúde Mental: 5 impactos do engajamento digital de pacientes para operadoras e empresas

A saúde mental tem sido amplamente debatida e pensada pela gestão de várias operadoras de saúde. Isso vai de hospitais a clínicas, de profissionais a startups. Mas qual é o impacto do engajamento digital dos pacientes na sua saúde mental e como isso afeta as empresas e operadoras de saúde?
A Nilo Saúde promoveu um encontro com especialistas na área para debater o tema. O webinar, que pode ser assistido gratuitamente, contou com a participação de Milene Rosenthal, psicóloga co-fundadora da Telavita, André Fusco, médico-psicanalista consultor de empresas em saúde mental, e Ana Carolina Peuker, psicóloga e CEO da Bee Touch. A mediação é do Diretor Médico da Nilo Saúde, Claudio Tafla.
Durante a conversa, os especialistas destacaram quais são os cinco principais impactos, que você pode conferir a seguir.
1. Humanização e acessibilidade do atendimento
A psicologia foi a primeira especialidade que aderiu ao atendimento online, ainda antes da pandemia, em 2018. Ainda assim, os psicólogos foram resistentes em oferecer teleconsultas antes da pandemia “forçar” a nova prática. O motivo? Medo de perder a humanização no atendimento.
“No entanto, isso durou pouco tempo, pois logo se comprovou cientificamente que a eficácia do tratamento psicoterapêutico à distância é a mesma —ou, às vezes, até maior, como em casos onde o paciente tem síndrome do pânico ou depressão e pode ser atendido sem sair de casa, tendo mais adesão ao tratamento e maior frequência nas sessões”, afirma Milene Rosenthal, psicóloga especializada em Terapia Cognitiva Comportamental, pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos, conselheira da Universidade de Toronto e cofundadora da Telavita, empresa que oferece psicoterapia e atendimento psiquiátrico online.
2. Reputação das empresas
A saúde mental é historicamente negligenciada, mas isso tem mudado muito (e muito rápido) em virtude do adoecimento expressivo da força de trabalho, especialmente em decorrência da grande crise humanitária que atravessamos com a pandemia de Covid-19.
“Existe um grande risco reputacional para a empresa. As organizações não querem ser reconhecidas como empresas que adoecem os seus funcionários, da mesma forma que não querem ter fama de estarem poluindo o meio ambiente”, explica a psicóloga Ana Carolina Peuker, pós-doutorada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e CEO da Bee Touch, empresa de inovação e gestão em saúde.
“As empresas têm buscado se alinhar às questões de ESG e padrões internacionais, como a ISO 45003. Porém, no contexto brasileiro, ainda se debate isso sob o aspecto da doença e não da prevenção. Precisamos buscar identificar quais aspectos afetam a saúde mental do trabalhador. Há um excesso de horas extras? Existe abuso moral ou preconceito? Sem tratar a causa raiz, não adianta remediar”, conclui Ana Carolina.
3. Foco na prevenção
A psicóloga Milene Rosenthal, cofundadora da Telavita, concorda com Ana Carolina e complementa: o foco tem de ser na prevenção, já que tratar é muito mais complexo do que prevenir, principalmente em saúde mental: “Durante muito tempo o sistema de saúde teve seus ganhos baseados em cima da doença, e não dá saúde. Mas isso está começando a mudar, porque a conta não fecha!”
“Depressão, ansiedade, abuso de substâncias e burnout são consequências de um problema maior. O doente não é o problema, é apenas reflexo do real desafio, são sintomas. Temos que entender o motivo sintomas e não apenas focar neles”, explica André Fusco, médico-psicanalista consultor de empresas em saúde mental.
4. Repensando o trabalho
“Além de cuidar das pessoas, temos que entender qual é o papel do trabalho nas nossas vidas. Afinal, a síndrome de burnout só foi reconhecida pela OMS como uma doença do trabalho agora, mas isso não quer dizer que ela não existia antes. Foi o mesmo processo com a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), que sempre aconteceu, mas não tinha essa classificação de fenômeno ocupacional”, diz André Fusco. O lado bom da classificação, segundo ele, é poder encarar o tema com seriedade, protegendo os trabalhadores e zelando pela saúde da sociedade.
5. Engajamento digital de pacientes com o uso correto da tecnologia e da informação
A saúde mental tem sido um tema prioritário para as empresas hoje, até por afetar os negócios financeiramente, já que mexe com a produtividade dos funcionários — o número de afastamentos não para de crescer. Há uma preocupação genuína com o bem estar dos colaboradores e com a preservação do negócio, mas é preciso realizar uma gestão de saúde correta para se ter sucesso.
“Muitas vezes as empresas recebem os relatórios da operadora, dos sinistros, e não sabem nem por onde começar, não entendem os dados.É preciso ter uma análise mais aprofundada e uma estratégia sobre o uso desses dados”, afirma Milene.
“Sou uma entusiasta do uso de tecnologia em saúde e acredito especialmente no poder do uso de dados para personalizar o cuidado e ter estratégias mais assertivas de cuidado, com uma abordagem multidisciplinar. A cultura data driven pode ser benéfica para criar tratamentos mais eficazes e personalizados, mas precisamos ser educados para sabermos usar a tecnologia e a informação do paciente da melhor forma possível”, conclui Ana Carolina.
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5 exemplos de como a saúde digital ajuda a promover a saúde mental

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou em 2009 que a depressão se tornaria a doença mais comum do mundo em 2030, afetando mais pessoas que o câncer e doenças cardíacas. E a previsão se concretizou: cada vez mais, questões sobre saúde mental preocupam os brasileiros. Segundo a pesquisa Global Health Service Monitor, em 2018, apenas 18% dos brasileiros diziam que tópicos como depressão e ansiedade eram fontes de inquietude. Em 2022, esse número chegou a 49%. Como a saúde digital pode ajudar a lidar com esse aumento?
É importante frisar que a área da saúde mental foi uma das primeiras a regulamentar os serviços de telessaúde. Em 2018, o Conselho Federal de Psicologia publicou uma resolução que liberava as consultas online sem delimitar a quantidade dos encontros, como ocorria na primeira resolução sobre o tema, de 2012.
No início, alguns pacientes tiveram um pouco de resistência, por medo de perder a qualidade no tratamento. Outros sentiram-se inseguros quanto à privacidade das informações que compartilhavam durante as sessões. Entretanto, com o passar dos anos, mais pessoas estão ficando abertas e até preferindo o atendimento digital. Como consequência, elas perceberam que não há diminuição dos vínculos nem uma piora no cuidado oferecido pelo profissional de saúde mental.

Veja 5 benefícios das ferramentas da saúde digital na promoção da saúde mental para um grupo cada vez mais amplo da sociedade:
1. Economia de tempo com deslocamentos
Um dos principais benefícios é a economia de tempo com deslocamentos que se tem em um processo ambulatorial normal, principalmente nos grandes centros urbanos. Essa jornada, que envolve sair de casa, pegar trânsito, pagar estacionamento, fazer a consulta e enfrentar os mesmos problemas no trajeto de volta, pode ser mais um causador de estresse e ansiedade.
No nível de telessaúde, é possível ter uma redução de 50% no tempo dedicado para ter acesso à consulta presencial com psiquiatra ou psicólogo.
2. Saúde digital: maior alcance geográfico
A telessaúde pode ser uma ferramenta aliada no processo de pulverizar e massificar o acesso à saúde mental em locais remotos, onde não há ambulatório e profissionais de saúde mental suficientes para a demanda da região.
Basta um celular e uma conexão digital com qualidade suficiente para conexões em vídeo para promover assistência de saúde. Amplia-se o acesso e a distribuição dos serviços de telepsicologias, independentemente das limitações geográficas.
O desafio e a possibilidades, nestes casos, é oferecer um serviço de saúde mental que concilie a psiquiatria, a psicologia, a terapia ocupacional. Tudo isso para poder ofertar um plano de cuidado mais robusto para esse paciente que é atendido remotamente.
3. Benefícios a pacientes críticos ou graves
Alguns perfis de pacientes críticos ou graves são especialmente beneficiados pela dinâmica da saúde digital. Pessoas que estão em depressão severa e mal conseguem se levantar da cama, veem maior facilidade de seguir em seu tratamento. Afinal, basta abrir um aplicativo no seu celular ou no computador para ter sua consulta com o psicólogo ou psiquiatra.
Os pacientes fóbicos, com medos persistentes, irracionais e intensos, também têm na saúde digital uma aliada de sua saúde mental. A neuropsicóloga da Nilo Saúde, Cláudia Memória, relata que já observou respostas positivas com este perfil de paciente ao utilizar as ferramentas de telemedicina.
Independentemente do diagnóstico, pessoas idosas e com dificuldades de locomoção também se beneficiam das ferramentas de saúde digital. Ainda que haja um pouco de resistência deste público em se adaptar ao uso da tecnologia, hospitais e clínicas que estão aderindo ao novo modelo de atendimento investem em “psicoeducação” e suporte técnico no primeiro atendimento. Isso é feito para que o paciente entenda se sinta acolhido e seguro para seguir o tratamento.
4. Saúde mental digital como aliada no tratamento de outras doenças
A saúde digital permite coletar e organizar dados sobre o paciente de forma a potencializar um plano terapêutico que seja pensado de forma multidisciplinar, desde uma perspectiva da integralidade do tratamento de saúde.
Durante as consultas com psicólogos e psiquiatras, é possível ter acesso a informações que apoiem a equipe de referência no tratamento de outros problemas de saúde. O inverso também acontece. Ao acessar um prontuário eletrônico que esteja completo, com o histórico do paciente, a equipe de saúde mental consegue avaliar melhor a origem e o tratamento de transtornos psíquicos.
No webinar “Desafios e Benefícios de Interoperabilidade em Saúde Digital”, promovido pela Nilo Saúde, o Diretor Médico da Nilo Saúde, Claudio Tafla fez uma afirmação importante. Segundo ele, em uma de suas experiências profissionais em operadoras, identificou-se que 70% dos beneficiários que eram grandes utilizadores do plano de saúde tinham depressão, ansiedade ou outro transtorno mental. Ou seja, tratar das questões de saúde de forma integrada, inserindo o paciente em equipes de referência, pode interferir, ainda que indiretamente, na redução dos custos de saúde.5. Estímulo ao autocuidado de pacientes com transtorno mental
Ainda sobre o impacto do transtorno mental no tratamento de outras doenças, podemos dizer mais. Quando o paciente está em um quadro de depressão de moderado a grave, ele tem uma dificuldade em manter o autocuidado. Com isso, ele pode não tomar a medicação corretamente, não ir às consultas de retorno nem realizar os exames na periodicidade correta.
Neste caso, a saúde digital apoia a equipe médica no trabalho de melhorar a adesão desta pessoa aos tratamentos propostos. Para isso, propõem-se outras formas de comunicação, pelos mais diversos meios. Pode ser via SMS, e-mail, WhatsApp ou telefone, por exemplo. Podem ser lembretes que aumentam as chances de engajamento do paciente.
Além dos novos processos, as tecnologias também podem ampliar a percepção de cuidado por quem está sendo atendido. Um psicólogo também pode estabelecer a rotina de trocar e-mail com o paciente antes e depois da consulta, oferecendo um relatório com os principais pontos do atendimento.
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Conheça os principais benefícios da Atenção Primária à Saúde Digital

No Brasil, a atenção primária é o principal organizador do Sistema Único de Saúde (SUS). Em geral, ela é oferecida como serviço público a partir da Estratégia Saúde da Família (ESF) e visa ampliar a resolutividade das questões de saúde. Contudo, há alguns anos, vem se tornando cada vez mais importante nos atendimentos da rede privada. Ambos os setores estão inovando em seus atendimentos com o uso de ferramentas tecnológicas, promovendo a Atenção Primária à Saúde Digital (APS Digital).
Essa transformação se acelerou com a pandemia, quando houve maior engajamento social e político para regulamentar as diversas dimensões da telessaúde e da telemedicina, inclusive sobre APS Digital. Neste sentido, destacam-se três medidas, que veremos a seguir.
As três medidas da Atenção Primária à Saúde Digital
A primeira medida é a Estratégia Nacional de Saúde Digital 2020-28 (ESD28), publicada em 2020 pelo Ministério da Saúde. Ela tem como um dos objetivos expandir a digitalização da APS no Brasil. A segunda é a regulamentação definitiva da telemedicina no Brasil, que dá segurança jurídica à telemedicina em todos os níveis de atendimento. A terceira é a publicação da Resolução Normativa 506, uma orientação mais robusta para gerenciar seus processos, com maior controle dos desfechos clínicos e dos resultados de gestão.
A transformação digital da APS nos setores público e privado têm os mesmos objetivos: expandir os serviços de forma integrada e planejada, garantir o acesso a serviços de APS de qualidade para todos e reduzir os riscos à saúde da população por meio da prevenção, vigilância epidemiológica e promoção da saúde.

Neste contexto, entenda quais benefícios a Atenção Primária à Saúde Digital (APS Digital) pode trazer para a gestão de saúde e, consequentemente, para os beneficiários das operadoras e os pacientes de clínicas:
APS Digital aprimora a integralidade na saúde
Conceitualmente, a atenção primária à saúde digital pressupõe um cuidado de saúde integrado, que não trata de doenças apenas pontualmente, mas que acompanha todos os aspectos da vida do paciente e seu histórico de saúde. A partir disso, a APS Digital propõe atendimento personalizado, com foco também na prevenção de enfermidades e na promoção de bons hábitos.
Essa dimensão da integralidade é potencializada com a APS Digital, em especial com os prontuários eletrônicos. Eles agregam o registro longitudinal de um paciente, com informações médicas registradas por diferentes instituições e ambientes de atenção à saúde.
Atualmente, a estruturação da estratégia de Saúde Digital no SUS conta com o esforço para que o setor público e setor privado falem a mesma língua. No setor público, 75% das equipes de saúde da família do SUS têm prontuários eletrônicos ou em formatos digitais já organizados, que podem se juntar aos dados produzidos nos atendimentos da rede de saúde privada e qualificar a promoção de saúde do sistema como um todo.
APS Digital é ferramenta para consolidar dados de saúde
Um dos principais desafios da telemedicina aplicada à Atenção Primária são os limites da ausência do exame físico no paciente. A APS, normalmente, resolve de 80% a 90% dos problemas que chegam até ela. Já sob o modelo da APS digital, esse índice cai para em torno de 60%. Para avançar no nível de resolutividade, o segredo é ampliar o volume de informações sobre o paciente. Ou seja, a limitação da APS Digital pode ser superada por suas virtudes.
Além das informações clínicas que são coletadas ao longo da vida do paciente, a APS Digital é capaz de reunir e processar dados sociodemográficos (como local de residência, profissão e local de trabalho) e administrativos (como seguro saúde). Eles dão mais segurança para que os profissionais de saúde avancem no desfecho clínico ainda no ambiente virtual.
Estimula melhora nos processos de assistência à saúde
A transformação digital se coloca como oportunidade de aumentar a qualidade da atenção primária e criar um novo modelo, que abranja o atendimento digital e físico de forma organizada e sincronizada.
O gerente geral de Estratégias em Saúde da Unimed Piracicaba, Antônio Amaral, menciona a RN 506 e seu Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde de Operadoras de Planos de Saúde como caminho para as operadoras alcançarem melhores resultados nos serviços de APS.
“Esse processo de certificação e de revisão dos processos de assistência à saúde trazem um ganho de significância imensurável. De segurança para o paciente, de governança clínica, de resultados e controles de desfechos clínicos, além da assertividade de tratamentos e diagnósticos”, avalia Antônio.
Ele abordou outros aspectos da evolução da APS digital no setor privado como convidado do webinar “RN 506: Benefícios da Atenção Primária Digital”. Nele, nosso Diretor Médico Claudio Tafla conversou também com os convidados Luciano Nader, Médico de Família e Comunidade, e Ana Carolina Severini, Médica de Saúde e Comunidade da Pipo Saúde. Clique aqui para baixar gratuitamente a gravação do nosso webinar!
Maior disponibilidade no atendimento
“Se eu fosse esperar para me consultar com ‘meu médico’, teria de esperar dois meses para conseguir a consulta”. Ana Carolina Severini, médica da Pipo Saúde, compartilhou o relato de um de seus pacientes ao ser atendido no ambiente da APS Digital.
Sob a lógica das especialidades médicas, uma das grandes reclamações dos beneficiários é a demora em conseguir um atendimento. Com a qualificação da APS Digital, um dos benefícios é a maior disponibilidade do serviço.
Com efeito, quando o atendimento leva em conta o histórico do paciente e é empático, “olho no olho”, nota-se uma proporção bem satisfatória de pessoas que engajam no tratamento.
Maior alcance geográfico com redes de atendimento de APS Digital
As operadoras de saúde não têm a capilaridade do setor público na oferta presencial de Atenção Primária à Saúde. Já com a APS Digital, as empresas não só têm condições de ampliar a cobertura de atendimento geograficamente, como podem estabelecer redes de referência e contrarreferência resolutivas que colaborem com a APS.
Isso porque a atenção primária não extingue a necessidade das demais especialidades médicas. Do mesmo modo, ela não elimina a necessidade de, eventualmente, encaminhar para o atendimento presencial.
Quando se pensa nos processos da APS digital, essa articulação estratégica com as redes é pensada de forma mais qualificada. Por isso, a certificação proposta pela RN 506 se apresenta como uma ferramenta importante para as operadoras de saúde.
Assistência médica de qualidade a custos menores
A Atenção Primária à Saúde Digital reduz o custo médio por exame e direcionado para especialistas ou para o atendimento presencial apenas os casos em que não é possível ter um diagnóstico preciso de forma digital. Quando bem estruturada, a APS digital não é uma triagem, mas um ambiente de resolução de problemas médicos.
Dessa forma, algumas operadoras de planos de saúde entenderam que, investindo em APS, é possível ofertar uma assistência médica de qualidade com um custo menor. Portanto, mensalidades de valores mais baixos.
Um exemplo é a nossa cliente Leve Saúde, que opera exclusivamente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro atendendo pessoas acima de 45 anos. Em menos de um ano, foram conquistados 8,6 mil beneficiários, sendo que 70% deles estavam até então sem planos de saúde. O segredo foi investir em APS Digital para reduzir os custos médicos sem prejuízos à qualidade do serviço oferecido.
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O impacto da coordenação de saúde digital nos cuidados paliativos

Muitos são os tabus sobre a morte e, como consequência, os enganos sobre os cuidados paliativos, que ganham cada vez mais atenção entre as empresas e profissionais de saúde e também perante a opinião pública. Cuidados paliativos não são sinônimo de morte iminente, tampouco significam que o paciente “desistiu de lutar pela vida”. Eles existem para oferecer conforto, dignidade e qualidade de vida a pacientes com doenças incuráveis, aliviando dores e sofrimento. A decisão sobre seguir ou não esses protocolos depende de conversas transparentes entre equipe médica, família e paciente (caso esteja consciente). A partir daí, as medidas dependerão dos sintomas e do prognóstico — inclusive o tempo de sobrevida esperado para o paciente.
De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, cuidados paliativos devem envolver equipes multidisciplinares, o que por si só já indica a necessidade de um cuidado coordenado. Isso inclui médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais, entre outros. Além disso, a ideia é que todos eles atuem juntos para promover qualidade de vida, alívio de sintomas da doença e conforto psicológico e espiritual a pacientes familiares. Esses cuidados deveriam ser oferecidos a todos os portadores de uma doença progressiva ou incurável, a partir do seu diagnóstico. Contudo, a dificuldade e a desigualdade de acesso fazem com que a maioria dos pacientes brasileiros só recebam esse tipo de atenção na etapa mais avançada das doenças, levando ao estigma de que cuidados paliativos servem somente a pacientes terminais.
Cuidados paliativos digitais e humanização
Os cuidados paliativos não antecipam, nem apressam a morte. Porém, há estudos que apontam um aumento da expectativa de sobrevida inicial em pacientes que recebem esse tipo de atenção especializada, dependendo do contexto. Hoje, está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2460/22, que cria o Programa Nacional de Cuidados Paliativos, a fim de garantir que esse direito integral seja, na prática, oferecido a quem precisa. “A morte pode trazer uma nova forma de olhar para a vida. É importante que esse olhar humanizado, com cuidados holísticos, sejam naturalizados na visão dos sistema de saúde”, afirma Marlene Oliveira, Presidente e Fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida.
Dentro desse contexto, qual o impacto da coordenação de saúde digital nos cuidados paliativos? Como as ferramentas tecnológicas disponíveis podem facilitar a ação das equipes multidisciplinares? Como prestar serviços de saúde paliativa com ética e humanização, tendo o auxílio dessas ferramentas digitais? E como o sistema de saúde deve olhar para essas questões? Confira a seguir a opinião de especialistas a respeito!Leia mais:
Gestão de dados em oncologia: quais os impactos na prática clínicaCoordenação de saúde digital nos cuidados paliativos: o papel das clínicas e hospitais de transição
Quando o médico Francisco Berardo, teve sua primeira experiência na medicina paliativista, há 15 anos, existiam apenas os chamados hospitais ou clínicas de retaguarda. Eram estabelecimentos com estruturas intermediárias, criados para receber os pacientes que não necessitavam mais de tantas terapias, intervenções, procedimentos ou cirurgias, mas que ainda precisavam de algum tipo de assistência hospitalar, não estando liberados para alta. Hoje, Berardo é Presidente da ABRAHCT – Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição, esse sim o nome mais adequado para esses estabelecimentos de saúde.
“Esse setor de transição tem pelo menos 45 anos de existência nos EUA e Europa. Nos EUA, já são mais de 1 milhão de leitos dedicados. No Brasil, hoje, temos 15 associados na ABRAHCT, representando mais de 1800 leitos no país. Parece um número pequeno, se levarmos em conta que 25% da população está na saúde suplementar. Contudo, é um mercado crescente, principalmente por conta das estatísticas de envelhecimento da população”, explica o médico. Fora do hospital geral, o paciente corre menos riscos de infecção hospitalar, por exemplo. Para o sistema de saúde, isso também implica em um uso mais racional dos diferentes estabelecimentos disponíveis. Para o paciente e sua família, significa mais conforto e qualidade de vida, independente do tempo restante.Há três perfis de pacientes atendidos: pacientes em reabilitação, não necessariamente paliativos ou terminais, pacientes crônicos, de cuidados continuados, sem possibilidade de reabilitação, pacientes de cuidados paliativos, em estado terminal ou não.
Por essas razões, segundo Berardo, não se pode prescindir de tecnologias digitais para a coordenação de saúde digital nas clínicas e hospitais de transição.
Coordenação de saúde digital nos cuidados paliativos: humanização e valor
Essa ferramenta pode oferecer um prontuário eletrônico rico ou apostar em uma visualização de dados completa, com gestão de dados clínicos e dashboards que permitam olhar a evolução dos casos individual e longitudinalmente. Por outro lado, ela pode também permitir o acompanhamento e pontos de contato com o paciente no pós-alta ou entre internações, via mensageria digital, pelo próprio WhatsApp. Ou ela pode oferecer tudo isso, em um sistema só.
A equipe multidisciplinar, incluindo um assistente social, não é apenas treinada para melhorar a qualidade de vida do paciente. Esses profissionais recebem treinamentos para ter conversas difíceis e decisivas com o paciente, sua família e sua rede de apoio. “O importante é que essa tecnologia também seja utilizada de modo humanizado nessa fronteira da vida”, afirma Marlene Oliveira.
O que dizem os estudos sobre o cuidado paliativo digital?
Para Berardo, a contribuição da telemedicina para os cuidados paliativos ainda não é tão bem percebida no setor. “Estar próximo, tocar no paciente são ações muito associadas. Todavia, essas não são as únicas formas de oferecer conforto. Um estudo do Massachusetts General Hospital com pacientes oncológicos em cuidados paliativos monitorou os resultados de interações via telemedicina. Os resultados apontam que a tecnologia poupou os pacientes de muitas idas ao hospital, de passar pelo tempo de espera. Além disso, muitos deles só puderam ter uma consulta com um paliativista justamente por conta da teleconsulta, dadas as condições geográficas e de capilarização da rede”.
Em conclusão, ainda segundo o estudo, tanto o cuidado presencial quanto o telecuidado tiveram os mesmos resultados em termos de qualidade de vida e conforto para pacientes paliativos e suas famílias. “Mesmo com as limitações da falta de toque, de calor humano, o bom treinamento dos profissionais para uma escuta reflexiva e um cuidado acolhedor pode fazer muita a diferença no uso da ferramenta. Existem várias técnicas para isso”, conclui Berardo.
O sistema de saúde e o paciente paliativo
Segundo Marlene, apesar dos avanços da telemedicina e do que apontam estudos internacionais, ainda precisamos avançar muito quando falamos de cuidados paliativos no Brasil. “A tecnologia nos ajuda a praticar cuidados paliativos de forma mais ampla, com ferramentas robustas e preparadas para isso. Para a equipe de saúde, porém, é sempre um momento difícil, assim como para a família. Muitas vezes, o paciente é a pessoa mais tranquila, quer apenas fazer essa despedida de uma forma mais tranquila”. Ainda há uma necessidade muito grande de educação sobre as metodologias e formação de profissionais para conduzir isso da melhor forma, opina a especialista.
Também é necessário preparar os cuidadores contratados pelas famílias para esse acompanhamento. O sistema de saúde precisa olhar para essa necessidade e buscar a melhor forma de acomodá-la, afinal. “Bem utilizada, a tecnologia ajuda até mesmo um paciente que já não se comunica a reagir positivamente a estímulos. Fora do Brasil, já existem robozinhos treinados para tocar as músicas que aquele paciente gosta em determinados horários do dia. Eles reagem com os olhos brilhando, ou com lágrimas de emoção”, diz Marlene.
A sociedade também deve se educar mais sobre o tema. Precisamos colocar o paciente no centro do cuidado, sem deixar a abordagem paliativista apenas para o final. “Há vários estudos que apontam o sucesso de metodologias nas quais a equipe paliativista é incluída do modo mais precoce possível. Mesmo quando esse paciente é posteriormente submetido a algum tratamento inovador, que lhe devolve significativamente a expectativa de sobrevida, a equipe paliativista pode até se retirar, porém deixando um rastro positivo”, explica Berardo.
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Gestão de Saúde Populacional e mundo corporativo: ciência de dados contra a cascata de afastamentos

Por Claudio Tafla, Diretor Médico da Nilo Saúde, e professor na Faculdade São Camilo e na FGV – Fundação Getúlio Vargas. É também presidente da ASAP – Aliança Para a Saúde Populacional.
Todos nós estamos diretamente impactados pela pandemia e seus efeitos na saúde mundial, mas qual a relação dela com o mundo corporativo e com os conceitos de Gestão de Saúde Populacional? Quais os aprendizados mais importante para lidarmos com futuras epidemias? O Ministério da Saúde considera oficialmente a Covid-19 como uma doença ocupacional desde setembro de 2020, uma vez que o funcionário infectado pelo coronavírus esteja afastado do trabalho por mais de 15 dias. Com o avanço da vacinação em massa e o surgimento de variantes menos letais e agressivas – porém ainda mais contagiosas – o período de isolamento previsto nos atestados médicos varia entre 7 e 14 dias. Independente do prazo, que afeta a funcionários de empresas que adotam os modelos presencial, híbrido ou remoto de trabalho, existem lições para lidar com a cascata de afastamentos médicos e a queda da produtividade.
Não é difícil entender como chegamos até aqui, mas temos exemplos. Vamos supor que um colega de setor esteja com Covid-19, justo na semana em que você sairia de férias. Aí vem o primeiro problema: a empresa está com muitos funcionários afastados de uma vez só e é preciso evitar as liberações para reorganizar a operação. Quem puder adiar suas férias ou retornar mais rapidamente ao trabalho, ótimo. Se não, será preciso promover um sorteio ou um rodízio de folgas.
Em um segundo exemplo, vamos imaginar que toda a equipe de vendas da empresa esteja com esquema vacinal completo, testes negativos para o coronavírus em mãos e de malas prontas para um evento em outra cidade. Contudo, recebemos um comunicado da companhia de turismo dizendo que o transporte foi cancelado devido ao alto número de colaboradores infectados, sem substitutos disponíveis também por conta da cascata de licenças médicas.Critérios científicos e margem de erro
E assim, nessa realidade cada vez mais próxima do realismo fantástico, supermercados, times de futebol e até equipes de saúde dos hospitais e laboratórios passam a sofrer com uma massa de profissionais afastados. As necessidades de nossa vida e do mundo do trabalho nos impelem a tomar medidas práticas, que muitas vezes escapam aos critérios científicos. Erramos muito, desde o início da pandemia. Isso só aconteceu não termos usado critérios científicos com a devida margem de erro. Hoje, continuamos vivendo mais confiantes na margem de erro do que na ciência. Mas o que fazer para gerir a situação? Como a gestão da saúde populacional e a ciência de dados podem ajudar?
Lições básicas da gestão de saúde populacional – e de dados – para a saúde ocupacional e controle de epidemias
Usar a ciência e os dados a nosso favor, adaptando os dados e torturando os números, prazos, margens é fundamental para que nos entreguem o que desejamos de resultado. Entretanto, tudo isso nos fará conviver com um limiar de incertezas até sairmos desta situação. É justamente isso que nos traz de volta à Gestão de Saúde Populacional, pois nela fazemos esse exercício o tempo todo. Temos o estudo das probabilidades de desenvolver doenças, consideramos a genética, hábitos e estilo de vida. Sem essa gestão colocada em prática, apenas esperamos que a “loteria” da vida seja favorável. Ou seja, deixamos de fazer o que sabemos que precisa ser feito.
Ao negarmos nosso papel de protagonismo, continuaremos vivendo situações de risco e sendo coadjuvantes de nossa saúde. Na prática, entregaremos a nossa saúde à mercê da sorte e do acaso. Será que regras de home office mais claras e restritas, associadas a uma testagem preventiva, isolamento mais correto e senso de comunidade não seriam mais eficientes?
Temos práticas já validadas em empresas e países que trouxeram mais assertividade, controle e programação. Eles usaram protocolos como máscaras, alcool em gel 70%, evitar locais fechados e aglomerações, uso de tapetes com desinfecção na entrada de empresas, lojas e locais coletivos, e testagem massiva da população com afastamentos em caso de suspeita. Ações simples que já se mostraram valiosas, sempre contando com orientações claras à comunidade.
A contribuição das soluções de saúde digital para a gestão de saúde populacional
Desse modo, boas soluções de saúde digital têm um papel diferencial na coleta, armazenamento, integração, visualização, análise e gestão de dados. Afinal, elas facilitam o trabalho das equipes de saúde ocupacional. Softwares que permitem a gestão, relacionamento e engajamento de pacientes ajudam a garantir uma gestão de saúde populacional muito mais eficiente. Esses sistemas otimizam recursos financeiros, trazendo impactos positivos para a qualidade de vida dos colaboradores. Afinal, saúde e ciência andam andam de mãos dadas e se baseiam em dados concretos e informações precisas.
Por fim, o atendimento virtual dentro do conceito de telessaúde é também crucial no acompanhamento de colaboradores afastados, inclusive por doenças infectocontagiosas como a Covid-19. Além disso, eles permitem a gestão de saúde ocupacional daqueles que trabalham remotamente ou em diferentes unidades físicas da empresa, independente da localização geográfica. Quando concatenados, esses pontos fazem uma grande diferença e não podem ser ignorados. Isso se quisermos, de fato, aprender e evoluir, usando a gestão da saúde populacional e a tecnologia a nosso favor.
O assunto é vasto e a conversa está boa, mas preciso parar por aqui. É que o colega que iria me substituir no plantão ligou dizendo que não virá: seu exame deu positivo para Covid-19.
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5 desafios e soluções para a interoperabilidade em saúde

Todos sabemos que é crescente o número de soluções digitais para o setor da Saúde, tendo um fluxo cada vez maior de informações circulando entre as diferentes instituições. Com isso, cresce a necessidade de que esses dados circulem de forma mais fluida e segura entre as diversas empresas. Isso inclui as operadoras de saúde, corretoras, hospitais, clínicas e clientes. É neste contexto que surge a demanda por integração e interoperabilidade dos sistemas de saúde digital. Essa necessidade chega acompanhada pela busca de padrões tecnológicos para o setor.
Interoperabilidade é a capacidade de um sistema se comunicar com outros sistemas de fornecedores diferentes, transferindo e recebendo informações de forma transparente. Ou seja, sem que o usuário perceba que o processo envolve tecnologias ou padrões distintos. No setor de saúde, por exemplo, há a capacidade de sistemas de informação transferirem dados de um prontuário eletrônico para outro de forma imediata. Mesmo que eles tenham padrões diferentes.
Aliás, padrão é a palavra-chave da interoperabilidade. Vale lembrar que é preciso um conjunto de premissas e especificações técnicas sendo adotado pelo maior número de empresas. Somente isso pode dar condições de sistemas criados por diferentes fornecedores se comunicarem com fluidez. Portanto, considerando a necessidade, vamos abordar aqui 5 desafios e soluções para a interoperabilidade de sistemas de saúde.

HL7® FHIR: o padrão de interoperabilidade em saúdeNo caso da Saúde Digital, o padrão que vem sendo consolidado como consenso do setor é o HL7® FHIR (sigla para Fast Healthcare Interoperability Resources – pronuncia-se “fire”). O padrão, em código aberto, foi criado pela HL7 International, uma organização sem fins lucrativos, que desenvolve padrões de intercâmbio de dados eletrônicos em saúde há mais de 30 anos. Seu objetivo é oferecer suporte para troca de dados entre sistemas eletrônicos em saúde, dispositivos e equipamentos médicos, permitindo o acesso amplo a um volume maior de dados dos pacientes.
Primordialmente, para que o FHIR seja cada vez mais eficiente, é preciso que um número maior de empresas o implantem e que suas equipes de tecnologia colaborem com o processo de amadurecimento deste protocolo. Veja as soluções e os desafios a serem enfrentados nesse processo:
1. Convencer stakeholders a priorizar a interoperabilidade em saúde
Todo gerente ou diretor de TI sabe que o principal desafio para trazer uma nova tecnologia para a infraestrutura da empresa é convencer lideranças e pares sobre a importância do investimento. Isso além de apontar quais serão os retornos de curto prazo. Contudo, o ROI dos projetos de interoperabilidade é de médio e longo prazo.
Paralelamente, há uma grande pressão pela ampliação do acesso a dados dos pacientes nas diversas instituições de saúde. A saber: aqueles que estão dispositivos móveis e baseados em cloud computing. Além disso, os prazos para implantação estão cada vez menores. Somente a interoperabilidade e a integração de sistemas e aplicativos viabilizará o processamento e armazenamento acelerado de um grande volume de informações.
Afinal, quais os argumentos em prol da interoperabilidade – e do FHIR?
O protocolo FHIR prevê a resolução de casos comuns ao negócio da maioria das empresas. Com isso, o time interno de desenvolvimento consegue focar na solução de problemas mais complexos de interoperabilidade. Essa otimização pode ser usada como argumento de redução de custo.
Outro forte motivo para investir na interoperabilidade é que o FHIR vem sendo adotado por muitas operadoras de saúde, hospitais e clínicas de médio e grande porte. Já há um intenso diálogo tanto entre os provedores de serviço quanto entre os contratantes de serviço de saúde sobre como aprimorar esta ferramenta. Todavia, não é recomendável desenvolver integrações customizadas sem esta padronização. Como resultado, em um futuro próximo, a empresa pode ter mais dificuldade de interoperar com parceiros.
Do mesmo modo, o protocolo FHIR permite separar as informações “compartilháveis” daquelas que são sensíveis ou estratégicas para o negócio e precisam ser tratadas com sigilo. Em outras palavras, a interoperabilidade não deve ser vista como uma vulnerabilidade na arquitetura de informações.
2. Aprender a implementar a interoperabilidade nos sistemas de saúde digital
A primeira dica é estudar o protocolo de interoperabilidade e entender, detalhadamente, o que é necessário para que ele seja implantado. Há muito material disponível online sobre o FHIR e é possível fazer uma imersão no tema sem grandes custos.
A segunda dica é começar com um pequeno time, mas ter um planejamento estruturado para expandir. No webinar “Desafios e Benefícios de Interoperabilidade em Saúde Digital”, promovido pela Nilo Saúde, o gerente de TI e Transformação Digital do Hospital Albert Einstein, André Santos, afirmou que a implantação da interoperabilidade da instituição começou com uma equipe de quatro pessoas.
“Não importa se a empresa tem 20 mil ou 50 pessoas. Quem vai começar a implantação vai ser um time de três ou quatro pessoas do mesmo jeito. E essas pessoas precisam ter as skills certas, além do compromisso de replicar o que aprenderam durante o processo”, afirma Santos.
Ele enfatiza que é fundamental que haja, principalmente neste time inicial, profissionais que tenham cultura de inovação e habilidades de transformação digital.
3. Manter uma equipe de tecnologia competente
É importante que hospitais, clínicas e operadoras de saúde tenham uma equipe interna de tecnologia. Ela será responsável por guiar o projeto de interoperabilidade em saúde. É uma grande fragilidade para empresas de saúde de médio e grande porte desconsiderar a tecnologia como parte do negócio.
“Não dá pra confiar 100% em parceria sem ter um time de interoperabilidade interno para desenhar uma arquitetura de soluções e fazer tudo se conectar com a visão de futuro e de sustentabilidade do seu ecossistema tecnológico”, alerta André Santos, do Albert Einstein.
O time de TI é quem vai saber avaliar os parceiros, as integrações que estão no padrão ou que vão se manter no legado. Esses especialistas também saberão priorizar quais soluções devem ser desenvolvidas internamente e quais devem ser contratadas de parceiros de mercado. E este é um dos principais desafios da gestão de TI.
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5 perspectivas para a saúde em 2023
Gestão de dados em Oncologia: quais os impactos na prática clínica4. Decidir quando internalizar e quando contratar parceiros externos
Algumas demandas serão atendidas pela equipe de TI interna e outras poderão ser delegadas a fornecedores de serviços externos. Entretanto, como tomar essas decisões? Geralmente, quando há uma solução de mercado que atende às necessidades, a decisão é comprar. Se não, desenvolve-se “em casa”. Contudo, há outros caminhos possíveis de decisão.
Um deles é buscar um parceiro que tenha interesse em resolver o problema da empresa com uma solução que pode atender às necessidades de outros clientes. Pode ser interessante para as duas partes. O esforço interno é direcionado para outra tarefa prioritária do roadmap, e o fornecedor pode ter um novo produto em seu portfólio.
Outro caminho é pensar em desenvolver a solução internamente com o objetivo de alavancar os negócios, em um investimento que trará mais retornos para a operação.
Um dos pontos a se pensar na hora de considerar as soluções do mercado é que muitas delas já estão configuradas para trabalhar com o padrão de interoperabilidade FHIR. Na Nilo Saúde, por exemplo, usa-se o Cloud Healthcare API, do Google, como serviço de nuvem. Ele oferece os padrões de segurança exigidos pelo mercado e já está adaptado ao protocolo FHIR.
5. Ser colaborativo com outros players e amadurecer o padrão
Questões regulatórias, de privacidade de dados, de compartilhamento de informações e de Open Health indicam que a interoperabilidade será cada vez mais necessária na área de saúde. Sendo assim, é importante construir uma cultura de colaboração entre as equipes de Saúde Digital dos diversos segmentos do mercado de saúde para aprimorar os protocolos.
Um indício de que esta colaboração está avançada no setor de saúde é que há muitas bibliotecas de linguagens de programação que já incorporaram o protocolo FHIR. Em conclusão, isso permite reduzir o tempo de trabalho do time de desenvolvimento.
Essa colaboração entre empresas gera um efeito de rede, ou seja, quanto mais players adotarem os protocolos de interoperabilidade, maior será a validação e a continuidade de melhorias dos processos.
Por último, vale lembrar que a Nilo Saúde está à disposição para conversar sobre o protocolo FHIR com todos os parceiros do setor.
Quer saber mais sobre interoperabilidade em saúde e sobre a nossa solução SaaS para gestão, engajamento e relacionamento com pacientes? Fale conosco!
A Nilo Saúde oferece uma solução completa de gestão, engajamento e relacionamento de pacientes que incorpora o protocolo FHIR e é interoperável com outras soluções do setor de saúde. Nosso SaaS (Software Como um Serviço) já está ajudando operadoras de saúde, corretoras, hospitais e clínicas na melhoria de indicadores clínicos e de negócios. Que tal conhecer nossos casos de uso e os possíveis impactos na sua empresa? Solicite já um contato comercial!
